Economista estava internado em SP desde a última segunda-feira (5) no Hospital Israelita Albert Einstein em decorrências de complicações no seu quadro de saúde. Delfim Netto em foto de 2015
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO
O economista Antônio Delfim Netto – ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal – morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos.
Ele estava internado desde a última segunda-feira (5) no Hospital Israelita Albert Einstein em decorrências de complicações no seu quadro de saúde.
Políticos e autoridades dos Três Poderes lamentaram a morte do economista. Leia as mensagens abaixo:
Tarcisio de Freitas, governador de São Paulo
"O Governo do Estado de São Paulo presta homenagens a Antonio Delfim Netto, que faleceu aos 96 anos de idade nesta segunda-feira (12). Professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), o economista foi um grande servidor público, como ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura em diversas gestões. Em São Paulo, atuou como secretário da Fazenda na década de 60."
"Também foi diplomata, deputado federal por 20 anos por São Paulo e escritor. Tem mais de dez livros publicados, além de artigos acadêmicos e pesquisas científicas. Nossos mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos e agradecimento a toda a sua contribuição para a vida dos brasileiros."
Mauricio Neves (PP-SP), deputado federal e presidente estadual do partido
"Meus sentimentos aos familiares do ex-deputado federal, ministro da fazenda, agricultura e do planejamento, Antônio Delfim Neto. Ele foi filiado ao Progressistas e deixou um grande legado ao Brasil."
Ex-ministro Delfim Netto morre em SP aos 96 anos
Biografia
Professor emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Delfim Netto foi um dos mais longevos ministros da Fazenda do país, tendo ocupado o cargo entre os anos de 1967 e 1974.
Foi também ministro do Planejamento entre 1979 e 1985, ministro da Agricultura (1979) e embaixador do Brasil na França (1975-1977).
Após a redemocratização, permaneceu como figura de destaque nos meios econômico e político.
Como ministro do Planejamento, na década de 1980, comandou a economia brasileira durante a segunda maior crise financeira mundial do século 20, causada pelo choque dos preços do petróleo e pela elevação dos juros americanos para quase 22% ao ano.
Após o fim do regime militar, Delfim Netto participou das eleições em 1986 como candidato à Câmara dos Deputados.